No post anterior falamos sobre jornais digitais no todo. Agora vou falar sobre jornais digitais internacionais. Citarei os principais jornais do mundo, e sua importância na rua região. São eles: El Pais (Espanha), Clarin (Argentina), New York Times (EUA), Le Monde (França).
The New York Times
É o jornal mais influente do país mais poderoso. Essa influência é aumentada pela internet, onde hoje estão 20 milhões de usuários únicos. Seus artigos são reproduzidos em periódicos do resto do mundo. "The New York Times" é um dos três jornais nacionais, impresso em mais de 20 pontos nos Estados Unidos. Para reforçar o alcance no exterior, comprou o "International Herald Tribune", editado em Paris e que circula em mais de 140 países. É controlado pela família Ochs Sulzberger há mais de cem anos, um detalhe que explica sua continuidade.
Le Monde
"Le Monde", criado por inspiração do general De Gaulle depois da 2ª Guerra Mundial, já foi o jornal de referência dos intelectuais brasileiros. De Gaulle queria um jornal muito influente no mundo, à altura da França, como "The Times", só que em francês, e um órgão independente. Escolheu como diretor Hubert Beuve-Méry, que logo se tornou independente até em relação a De Gaulle. A relação entre eles era muito estranha: os dois se respeitavam, mas mantinham distância. Numa recepção, De Gaulle disse em alemão uma frase de Fausto, a obra de Goethe: "Ich bin der Geist der stets verneint" ("Eu sou o ser que tudo nega"). Beuve-Méry disse que não negava sempre tudo. Nunca mais se falaram. Quando o jornal enfrentava dificuldades políticas por causa de sua independência ou havia pressões para fechá-lo, o primeiro a defendê-lo era De Gaulle. Hoje o "Le Monde" continua um jornal bom, o melhor da França, mas com um pequeno problema: quem o controla são os jornalistas. Há quase uns 30 anos a divisão interna na redação é maior do que a de um partido político. Escolhem um diretor, mas outro grupo veta e se digladiam entre si e com a empresa. Essas brigas internas duram até hoje. Quando há necessidade de cortes, e o jornal hoje é deficitário, uma parte da redação se posiciona contra. Neste ano foi trocada de novo a cúpula da empresa, por pressão da redação.
El País
Entre todos os jornais incluídos no livro, "El País" é o mais jovem. Surgiu com a abertura política espanhola, em 1976. Seu capital estava muito dividido, com acionistas de uma grande diversidade ideológica. No dia do lançamento, 4 de maio de 1976, estava presente o ministro do Interior, mas outro acionista, membro do Partido Comunista, não pôde ir porque estava na cadeia por ordem desse mesmo ministro. "El País" foi um bom negócio desde o começo. Foi o núcleo do grupo empresarial Prisa, que tem faturamento de € 3,5 bilhões por ano.
A briga pelo controle do jornal começou cedo, mais uma disputa ideológica do que outra coisa. O controle ficou com Jesús de Polanco, que morreu em julho de 2007. Ele construiu o grupo e manteve a linha liberal do jornal. "El País" é o periódico de língua espanhola de maior circulação. Por meio da internet, quer ser o grande jornal global nesse idioma.
El clarin
Clarín dá prioridade aos temas locais: relevância para seções como esportes e entretenimento. Essas seções são concebidos de forma diferente para o resto da publicação. Chega às bancas de vendas da Capital Federal antes dos outros. Seu design é do tablóide. Mais tarde foi adotado por diversos jornais de Londres para manter os jovens leitores. Ele é atualmente o maior jornal da Argentina.Seu lema é "uma chamada wake-up para a solução dos problemas da Argentina, e seu atual slogan publicitário: O grande diário argentino.”
Sobre a função do bibliotecário nessas novas mídias já citei e dei exemplo no post anterior.
Fontes consultadas:
ALVES, Rosental Calmon. Jornalismo digital: dez anos de web...e a revolução continua. Comunicação e Sociedade, v. 9-10, p. 93-102, 2006.
Revista SESC São Paulo: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=313&Artigo_ID=4900&IDCategoria=5611&reftype=1
Wikipedia:
http://es.wikipedia.org/wiki/Diario_Clar%C3%ADn
É o jornal mais influente do país mais poderoso. Essa influência é aumentada pela internet, onde hoje estão 20 milhões de usuários únicos. Seus artigos são reproduzidos em periódicos do resto do mundo. "The New York Times" é um dos três jornais nacionais, impresso em mais de 20 pontos nos Estados Unidos. Para reforçar o alcance no exterior, comprou o "International Herald Tribune", editado em Paris e que circula em mais de 140 países. É controlado pela família Ochs Sulzberger há mais de cem anos, um detalhe que explica sua continuidade.
Le Monde
"Le Monde", criado por inspiração do general De Gaulle depois da 2ª Guerra Mundial, já foi o jornal de referência dos intelectuais brasileiros. De Gaulle queria um jornal muito influente no mundo, à altura da França, como "The Times", só que em francês, e um órgão independente. Escolheu como diretor Hubert Beuve-Méry, que logo se tornou independente até em relação a De Gaulle. A relação entre eles era muito estranha: os dois se respeitavam, mas mantinham distância. Numa recepção, De Gaulle disse em alemão uma frase de Fausto, a obra de Goethe: "Ich bin der Geist der stets verneint" ("Eu sou o ser que tudo nega"). Beuve-Méry disse que não negava sempre tudo. Nunca mais se falaram. Quando o jornal enfrentava dificuldades políticas por causa de sua independência ou havia pressões para fechá-lo, o primeiro a defendê-lo era De Gaulle. Hoje o "Le Monde" continua um jornal bom, o melhor da França, mas com um pequeno problema: quem o controla são os jornalistas. Há quase uns 30 anos a divisão interna na redação é maior do que a de um partido político. Escolhem um diretor, mas outro grupo veta e se digladiam entre si e com a empresa. Essas brigas internas duram até hoje. Quando há necessidade de cortes, e o jornal hoje é deficitário, uma parte da redação se posiciona contra. Neste ano foi trocada de novo a cúpula da empresa, por pressão da redação.
El País
Entre todos os jornais incluídos no livro, "El País" é o mais jovem. Surgiu com a abertura política espanhola, em 1976. Seu capital estava muito dividido, com acionistas de uma grande diversidade ideológica. No dia do lançamento, 4 de maio de 1976, estava presente o ministro do Interior, mas outro acionista, membro do Partido Comunista, não pôde ir porque estava na cadeia por ordem desse mesmo ministro. "El País" foi um bom negócio desde o começo. Foi o núcleo do grupo empresarial Prisa, que tem faturamento de € 3,5 bilhões por ano.
A briga pelo controle do jornal começou cedo, mais uma disputa ideológica do que outra coisa. O controle ficou com Jesús de Polanco, que morreu em julho de 2007. Ele construiu o grupo e manteve a linha liberal do jornal. "El País" é o periódico de língua espanhola de maior circulação. Por meio da internet, quer ser o grande jornal global nesse idioma.
El clarin
Clarín dá prioridade aos temas locais: relevância para seções como esportes e entretenimento. Essas seções são concebidos de forma diferente para o resto da publicação. Chega às bancas de vendas da Capital Federal antes dos outros. Seu design é do tablóide. Mais tarde foi adotado por diversos jornais de Londres para manter os jovens leitores. Ele é atualmente o maior jornal da Argentina.Seu lema é "uma chamada wake-up para a solução dos problemas da Argentina, e seu atual slogan publicitário: O grande diário argentino.”
Sobre a função do bibliotecário nessas novas mídias já citei e dei exemplo no post anterior.
Fontes consultadas:
ALVES, Rosental Calmon. Jornalismo digital: dez anos de web...e a revolução continua. Comunicação e Sociedade, v. 9-10, p. 93-102, 2006.
Revista SESC São Paulo: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=313&Artigo_ID=4900&IDCategoria=5611&reftype=1
Wikipedia:
http://es.wikipedia.org/wiki/Diario_Clar%C3%ADn
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